Filme sobre cartoonistas, "soldados de infantaria da democracia", estreia-se esta semana
Doze cartoonistas internacionais aceitaram mostrar o que pensam, como trabalham e como defendem a liberdade de expressão, no documentário Os cartoonistas - Soldados de infantaria da democracia, da realizadora Stéphanie Valloatto, que estreia em Portugal na quinta-feira.
O filme foi exibido em estreia mundial em 2014 no festival de cinema de Cannes, mas ganhou nova importância no início deste ano, por causa do ataque ao jornal satírico francês Charlie Hebdo, que vitimou 12 pessoas, entre os quais vários jornalistas e cartoonistas.
De acordo com a realizadora francesa, o documentário é "sobre o combate dos caricaturistas pela democracia", sobretudo em países que registam ameaças e pressões à liberdade de expressão, lê-se no dossier de imprensa.
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No documentário participam 12 cartoonistas, todos eles ligados à Cartooning for Peace, entre os quais o francês Plantu, que trabalha no jornal Le Monde, que dirige aquela organização e que é uma espécie de fio condutor de todo o filme.
"Na origem do projeto de documentário está a amizade entre Radu Mihaileanu, realizador e produtor, e Plantu, caricaturista do jornal Le Monde ao longo de 40 anos. Uma admiração recíproca e a partilha de valores comuns acabou por resultar na ideia de um filme sobre a luta dos caricaturistas pela democracia", afirmou.
Foram ainda incluídas a participação dos cartoonistas Slim (Argélia), Rayma (Venezuela), Boligán (México), Zlatkovsky (Rússia), Kichka (Israel), Boukhari (Palestina), Pi SAn (China), Willis from Tunis (Tunísia), Danziger (Estados Unidos), Zohoré (Costa do Marfim) e Glez (Burkina Faso).
No filme, Stéphanie Valloatto não só regista depoimentos dos autores como também o seu quotidiano e a forma como o trabalho os afeta pessoalmente.m
"Os cartoonistas - Soldados de infantaria da democracia" estreia-se em duas salas, em Lisboa e em Coimbra.